INTRODUÇÃO
A água é uma
substância única, sem ela a vida no nosso planeta seria impossível. No mundo há
muita água, mas ela não está distribuída com igualdade, alguns lugares possuem
em abundância e outros lugares há falta.
A superfície
da Terra é constituída de três quartos de água, cerca de 70%, a maior parte
está concentrada nos oceanos e mares, cerca de 97,5%, o restante 2,5% está
concentrado em icebergs e geleiras, sendo que só 0,007% vai para os rios, lagos
e reservatórios da superfície do planeta.
O oceano
mais salgado da Terra é o Mar Morto, entre Israel e Jordânia, que apresenta
nove vezes mais sal do que os demais oceanos. O Oceano Pacífico é o maior
oceano existente com 166 milhões de Km2; O maior mar está situado no Sul da
China que possui 3 milhões de Km2; O maior lago de água potável é o Lago
Superior localizado na América do Norte a qual mede 82.103 Km2; O rio mais
longo do planeta é o Rio Nilo na África, a qual possui a extensão de 6.670 Km
até o mar. É o maior constituinte dos seres vivos, nosso corpo é constituído de
70%. Está presente nos menores movimentos do nosso corpo, em células, nos vasos
sangüíneos e nos tecidos de sustentação.
As suas
propriedades vem de sua polaridade, de sua não usual constante dielétrica, e
das ligações de hidrogênio que faz consigo mesma. Devido essas propriedades faz
com que a água carregue compostos dissolvidos, alguns bastante tóxicos e ainda
vírus e bactérias. É composta de hidrogênio e oxigênio, sendo que uma molécula
de água consiste de dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio,
representados pela fórmula H2O. Como substância, a água pura é incolor e
inodora.
A água é um
excelente condutor de corrente elétrica, no corpo humano a sua alta
condutividade faz com que ela transforme a condutividade dos nervos num
sensível e efetivo mecanismo para o corpo. A incrível habilidade de dissolver
tantas substâncias permite às nossas células o uso de nutrientes valiosos e
substâncias químicas no processo biológico. O transporte de íons de célula para
a célula somente ocorre em função da presença da água.
Na natureza,
encontramos diversos tipos de água, dependendo dos elementos que ela contém.
Algumas são ideais para o consumo, enquanto que outras são prejudiciais á
saúde. São elas:
1. Água
potável: é o tipo ideal para o consumo, é fresca e sem impurezas;
2. Água
poluída: é a água suja ou contaminada, isto é, contém impurezas, micróbios,
vírus, etc;
3. Água
doce: é a água dos rios, lagos e das fontes;
4. Água
salgada: é a que contém muitos sais dissolvidos, como por exemplo a água do
mar;
5. Água
destilada: é constituída unicamente de hidrogênio e oxigênio, não há impurezas
e nenhum tipo de sal dissolvido;
6. Águas
minerais: são denominadas assim porque contêm uma grande quantidade de sais
minerais dissolvidos, assim ela possui cheiro e sabor diferente da água que
consumimos. Há diversos tipos de águas minerais, são elas:
Salobra: é
levemente salgada e não forma espuma com o sabão;
Termal: além
de apresentar sais minerais dissolvidos, ela possui uma temperatura mais
elevada que a do ambiente em que se encontra, é utilizada para curar certas
doenças de pele;
Acídula:
contém gás carbônico, é também denominada de água gasosa, possui um sabor ácido
e é usada para facilitar a digestão;
Magnesiana:
nesse tipo de água predominam os sais de magnésios, é utilizada para ajudar o
funcionamento do estômago e do intestino;
Alcalina:
possui bicarbonato de sódio e combate a acidez do estômago;
Sulfurosa:
contém substâncias à base de enxofre e é usada no tratamento da pele e das vias
respiratórias;
Ferruginosa:
possui ferro e ajuda no combate à anemia.
A água pode
ser saudável ou nociva. Na natureza não encontramos água pura, devido à sua
capacidade de dissolver elementos e compostos químicos. A água que encontramos
nos rios ou em poços profundos contém várias substâncias dissolvidas, como o
zinco, magnésio, cálcio e elementos radioativos. Dependendo do grau de
concentração desses elementos, a água pode ser ou não nociva. Para que seja
saudável, ela não pode conter substâncias tóxicas, vírus, bactérias e
parasitos. Quando não tratada, a água é um importante veículo de transmissão de
doenças, principalmente as do aparelho intestinal, como a cólera, a amebíase e
a disenteria bacilar, além da esquistossomose, há também outras doenças como a
febre tifóide, as cáries dentárias e hepatite infecciosa.
Ela é
utilizada no nosso cotidiano, como no lar a utilizamos para higiene pessoal,
para cozinhar, na limpeza da casa entre outras coisas. Na indústria ela é
utilizada de várias formas, como por exemplo na fabricação de 1 tonelada de aço
que é necessário cerca de 270 toneladas de água. Na agricultura é utilizada
para irrigar as plantas, pois as plantas necessitam grande quantidade dela. Na
hidrelétrica é utilizada como fonte de energia, para iluminação de casas e
operação das fábricas. É utilizada ainda como via de transporte e recreação.
A água tem
se tornado um elemento de disputa entre as nações. Hoje cerca de 250 milhões de
pessoas, distribuídos em 26 países, já enfrentam escassez de água. Em 30 anos,
o número aumentará para 3 bilhões em 52 países. Nesse período, a quantidade de
água disponível por pessoa nos países do Oriente Médio e do norte da África
estará reduzida em 80%. A projeção que se faz, é que nesse período, 8 bilhões
de pessoas habitarão a Terra, em sua maioria concentradas nas grandes cidades.
Assim será necessário aumentar a produção de comidas e energia, aumentando o
consumo doméstico e industrial de água. Devido essa escassez de água, Israel
utiliza de uma tecnologia de dessanalização, hoje o país tem mais da metade da
área ocupada por desertos, é o principal exportador de produtos agrícolas do
Oriente Médio. É a região que tem a menor taxa de água por pessoa no planeta, e
é um exemplo que pode acontecer no resto do mundo.
O Brasil é
um país privilegiado em relação à quantidade de água. Ele possui 13,7% de água
doce do planeta, sendo que 7% encontra-se na região da bacia hidrográfica do
rio Paraná, que inclui o rio Tietê, que está situado no Estado de São Paulo que
possui 1,6 % de água doce em sua extensão. E 70% na Bacia Amazônica, sendo que
o volume de água do rio Amazonas é o maior do globo, sendo considerado um rio
essencial para o planeta. O restante está situado no Nordeste e Centro-Oeste,
no rio São Francisco, mas, porém devido a super população, situadas nas grandes
cidades o Brasil vem sofrendo problemas de escassez, isso já atinge os
principais rios e represas das grandes cidades.
Em Porto
Alegre, o rio Guaíba está comprometido pelo lançamento de resíduos domésticos e
industriais, além de sofrer as conseqüências do uso inadequado de agrotóxicos e
fertilizantes.
Na cidade de
Brasília, além de enfrentar a escassez de água, tem problemas com a poluição do
lago Paranoá.
A ocupação
urbana de áreas de mananciais do Alto Iguaçu compromete a qualidade das águas
para abastecimento de Curitiba.
O rio
Paraíba do Sul, além de abastecer a região metropolitana do Rio de Janeiro, é
manancial de outras importantes cidades de São Paulo e Minas Gerais, onde são
graves os problemas devido ao garimpo, à erosão, aos desmatamentos e aos
esgotos.
A cidade de
Belo Horizonte já perdeu um manancial para abastecimento, a lagoa da Pampulha,
que precisou ser substituído pelos rios Serra Azul e Manso, mais distantes do
centro de consumo. Também no rio Doce, que atravessa os Estados de Minas Gerais
e Espírito Santo, a extração de ouro, o desmatamento e o mau uso do solo
agrícola provocam prejuízos enormes à qualidade de suas águas.
O Estado de
São Paulo sofre escassez de água e com problemas decorrentes de poluição em
diversas regiões: no Alto Tietê junto à região metropolitana; no rio Turvo; no
rio Sorocaba, entre outros.
CICLO DA
ÁGUA
Pode
admitir-se que a quantidade total de água existente na Terra, nas suas três
fases, sólida, líquida e gasosa, se tem mantido constante, desde o aparecimento
do Homem. A água da Terra, que constitui a hidrosfera, se distribui por três
reservatórios principais, os oceanos, os continentes e a atmosfera, entre os
quais existe uma circulação perpétua denominada ciclo da água ou ciclo
hidrológico. O movimento da água no ciclo hidrológico é mantido pela energia
radiante de origem solar e pela atração gravítica.
A energia
solar esquenta a água dos oceanos, mares e massas terrestres, transferindo-as à
atmosfera como vapor de água. Na atmosfera, o vapor forma as nuvens, essas são
transportadas por patrões do clima, que recebe influência da topografia do
terreno. Às vezes o vapor se condensa em forma de neblina ou nuvens e
eventualmente desce à Terra como precipitação, acumulando-se em águas
superficiais e sob o terreno. Ato contínuo, o processo de reciclagem, com o
regresso da água para a atmosfera continua. Os principais processos desse ciclo
são: evaporação, transpiração, precipitação, infiltração, respiração e a
combustão.
Para seguir
o movimento da água através deste ciclo, a energia do sol evapora a água do mar
até a atmosfera. Enquanto o vapor ascende dos oceanos e do terreno, deixa atrás
de si minerais, tais como sais, que podem converter em inóspita a terra. Mas
nos oceanos, este é só uma parte de um processo natural, que não causa efeito
na vida marinha.
O vapor de
água invisível se une então a procissão de moléculas de água numa viajem que o
levará de regresso ao solo ou à água, em forma de precipitação. A precipitação
pode tomar uma das várias formas possíveis, mas sempre começará como água
congelada.
As moléculas
de água se juntam e se lançam até a superfície da Terra. Assim, a água termina
como gota de chuva, cristal de neve ou granizo, o que depende da estação da
ano, da localização e do clima.
Nem toda a
água chegará a Terra. Alguma se evaporará no caminho entre as nuvens e a terra
e então regressará a atmosfera para iniciar de novo o ciclo.
Quando
chegar a Terra, correrá sobre a superfície da terreno, se infiltrará (enchendo
os espaços porosos que existem entre as partículas que compõem o solo), ou
cairá num corpo de água (riacho, rio ou lago).
Este caminho
pode ser interceptado mediante práticas de conservação, como são a construção
de pequenas represas, platôs, e canais revestidos de grama. Estas práticas
permitem que a água se infiltre e se detenha como água superficial.
Pequenas
quantidades de água são retidas e mantidas por plantas, edifícios, automóveis,
maquinaria e outras estruturas até que se evaporam e regressam à atmosfera.
A medida que
os motores fazem seu trabalho de gerar potência aos veículos, parte de seu
descarte consiste de vapor de água que são lançados à atmosfera através do
processo de combustão e queima. E os animais inalam vapor de água quando
respiram.
A maior
parte de água se infiltra no terreno. Parte de água será absorvida pelas raízes
das plantas, para logo ser transpiradas ou expulsas ao ar através de suas
folhas em forma de vapor de água. Outra porção de água se moverá lentamente até
os aqüíferos subterrâneos, percolando através do solo até chegar ao leito de
rocha. Eventualmente, por médio de poços ou drenagem, a água subterrânea pode
ser extraída e usada.
Outra parte
da água ascendera lentamente através do solo e do leito de rocha até chegar a
superfície em forma de mananciais ou de poços artesianos.
O excesso de
água correrá sobre a superfície do terreno até os corpos de água, arrastando
terra valiosa e todo o que se adere às partículas de terra. Então, o processo
de evaporação, assim como o da transpiração, respiração e combustão, começa de
novo. E a interminável reciclagem da água continua.
POLUIÇÃO DAS
ÁGUAS
É o
lançamento ou infiltração de substâncias nocivas na água. Os efeitos da
poluição e destruição da natureza estão sendo desastrosos, pois se um rio é
contaminado, a população inteira sofre as conseqüências. A poluição está
prejudicando os rios, mares e lagos, em poucos anos, o rio que é poluído pode
estar completamente morto. Para se efetuar a despoluição é gasto muito
dinheiro, tempo e ainda por cima uma enorme quantidade de água. Os mananciais
também estão em constante ameaça, pois acabam recebendo as sujeiras da cidades,
levadas pelas enxurradas junto com outros detritos. A impermeabilização do solo
causada pelo asfalto e pelo cimento dificulta a infiltração da água da chuva e
impede a recarga dos lençóis freáticos. As ocupações clandestinas de áreas de
mananciais, acabam também poluindo as águas, pois seus moradores depositam lixo
e esgoto no local. O homem é o maior causador de poluição e destruição da
natureza, pois jogam lixos diretamente nos rios, sem nenhum tratamento, matando
milhares de peixes. Devastam as árvores dos mananciais e de matas ciliares. As
pessoas tem plena consciência de que os automóveis poluem e colaboram para o
efeito estufa, mas devido a falta de opção ou por comodismo não abrem mão desse
meio de transporte. Também sabem que os lixos contaminam e poluem o meio
ambiente, porém mesmo assim, muitas pessoas continuam jogando-os nas ruas,
praias e parques.
Agora,
descreveremos as principais formas de poluição das águas, são elas:
1. POLUIÇÃO
NOS SISTEMAS URBANOS
A poluição
das águas nas grandes cidades assume proporções catastróficas, pois nelas se
concentram o maior número de pessoas e a maioria das indústrias. Nas cidades,
há um grande consumo de água, e, consequentemente, uma infinidade de fontes
poluidoras, tanto na forma de esgoto doméstico com de efluentes industriais. O
consumo doméstico de água é muito grande, cerca de 20% escoam pelos vasos
sanitários, 39% alimentam os chuveiros, 22% vão para lavar roupas e louças, e
19% para comidas e bebidas.
As fábricas
lançam no ar atmosférico gases tóxicos, pois não instalam filtros em suas
chaminés. Na cidade de São Paulo, só 17% das indústrias tratam seus esgotos;
83% jogam nos rios toda a sujeira que produzem. Quem mais polui é também quem
mais consome, cerca de 23% da água tratada é consumida pelas indústrias.
A solução
para esses problemas da poluição nas grandes cidades é o tratamento dessas
águas poluídas.
Dados
estatísticos referente a água, nos demonstram que:
- 1200
milhões de seres humanos ainda não possuem acesso a água potável e encanada,
sendo que no Brasil, 55,51% da população não possuem água encanada e nem
saneamento básico em suas residências. Assim, essas pessoas estão sujeitas a se
contaminarem com doenças como a desenteria, a amebíase, a esquistossomose, a
malária, a leishmaniose, a cólera, entre várias outras;
- 20% das
espécies aquáticas fresca já estão extintas ou em processo de extinção;
- Por ano,
cerca de 330 milhões de metros cúbicos de água evaporam-se dos oceanos;
- Anualmente
100 milhões de metros cúbicos de água caem na Terra em forma de precipitação.
2.
PROBLEMÁTICAS DOS ESGOTOS
Eutrofização
das Águas
Essa é a
forma mais comum de poluição das águas, é causada pelos lançamentos de dejetos
humanos nos rios, lagos e mares, levando assim a um aumento da quantidade de
nutrientes disponíveis nesses ambientes.
A
eutrofização permite grande proliferação de bactérias aeróbicas que consomem
rapidamente todo o oxigênio existente na água. Consequentemente, a maioria das
formas de vida acabam morrendo, inclusive as próprias bactérias.
Devido essa
eutrofização por esgotos humanos, os rios que banham as grandes cidades do
mundo tiveram sua fauna e flora destruídas, tornando-se esgotos a céu aberto.
Com esse lançamento de esgotos nos rios, acarreta ainda mais a propagação de
doenças causadas por vírus, bactérias e vermes.
Marés
Vermelhas
Em alguns
casos a eutrofização dos mares podem levar a uma grande propagação de certos
dinoflagelados (protistas fotossintetizantes), esse fenômeno é denominado com
maré vermelha devido à coloração que esse animais conferem a água. Esses
dinoflagelados, provocam a morte de peixes e de outros seres marinhos, pois
competem com eles pelo gás oxigênio, além de liberarem substâncias tóxicas na
água.
Para
solucionarmos esse problemas dos esgotos, devem ser feitos tratamentos de modo
que os microrganismos sejam mortos e as impurezas eliminadas.
3. POLUIÇÃO
POR FOSFATOS DE NITRATOS
Na
agricultura os adubos e fertilizantes usados, contém grande concentração de
nitrogênio e fósforo. Esses poluentes orgânicos constituem nutrientes para as
plantas aquáticas, especialmente as algas que transformam a água em algo
semelhante a um caldo verde (floração das águas).
Em alguns
casos, a superfície é recoberta por um tapete formado pelo entrelaçamento de
algas filamentosas, assim, ocorre a desoxigenação da água, além de dificultar a
penetração da luz, impossibilitando assim a fotossíntese nas zonas inferiores,
reduzindo a produção de oxigênio e a morte de vegetais. A decomposição desses
vegetais, aumenta o consumo de oxigênio, agravando assim a desoxigenação das
águas.
4. POLUIÇÃO
TÉRMICA
Consiste no
aquecimento das águas naturais pela introdução de águas quentes utilizadas na
refrigeração de refinarias, siderúrgicas e indústrias diversas. Quando a temperatura
se eleva, a solubilidade de oxigênio na água é afetada, assim ocorre o
dispersamento desse gás para a atmosfera, acarretando uma diminuição de sua
disponibilidade na água, prejudicando assim diversas formas aeróbicas
aquáticas. A poluição térmica combinada e reforçada com outras formas de
poluição pode empobrecer o ambiente de forma imprevisível.
5. POLUIÇÃO
POR MERCÚRIO
O mercúrio é
um metal muito pesado e extremamente tóxico. No garimpo é usado para a
separação do ouro do minério bruto. Grandes quantidades desse metal é lançado
nas águas dos rios que servem para a lavagem do minério, envenenando e matando
assim, diversas formas de vida. Peixes envenenados pelo metal se consumidos
pelo homem podem causar sérios danos ao Sistema Nervoso.
6. POLUIÇÃO
POR FERTILIZANTES E AGROTÓXICOS
O
desenvolvimento da agricultura também tem contribuído para a poluição do solo e
da água. Agrotóxicos e fertilizantes espalhados sobre as lavouras além de
poluir o solo são levados pelas águas da chuva até os rios, onde intoxicam e
matam diversos seres vivos dos ecossistemas.
7. POLUIÇÃO
POR DETERGENTES
Os
detergentes aparecem nas águas naturais como o resultado das diversas lavagens
domésticas e industriais. Muitas vezes provocam a formação de espumas brancas conhecidas
como "cisnes-de- detergentes" que reduzem a penetração de oxigênio na
água afetando as formas aeróbicas aquáticas.
As penas das
aves em contato com esse detergentes, podem remover-lhes a secreção oleosa que
impermeabiliza as penas, impedindo-os que se molhe. Sem o óleo isolante, as
penas das aves molham-se em contato com a água, fazendo com que as mesmas
afunde e acabam morrendo afogadas.
Os
detergentes podem enriquecer as águas naturais com substâncias fosfatadas,
favorecendo assim o processo de eutrofização. Os detergentes biodegradáveis
também podem causarem problemas ao ambiente, pois os mesmos contribuem para o
aumento da população microbiana, reduzindo o oxigênio na água afetando as
formas aeróbias aquáticas.
8. POLUIÇÃO
DOS RIOS
As fontes de
poluição das águas dos rios, resultam entre outros fatores, dos esgotos
domésticos, dos despejos industriais, do escoamento da chuva das áreas urbanas
e das águas de retorno de irrigação. Com o aumento da população e do
desenvolvimento industrial, além do uso, cada vez maior, de fertilizantes
químicos e inseticidas na lavouras tem causado sérios danos aos rios e a vida.
As grandes
concentrações de nitrogênio e fósforo, utilizados em adubos e fertilizantes,
constituem um tipo muito comum de poluição das águas. As enxurradas transportam
para os rios os fosfatos e nitratos, estes nutrem as plantas aquáticas, as
quais, multiplicando-se (especialmente algas), absorvem o oxigênio da água. A
falta desse gás ocasiona a morte de muitas plantas e animais que, ao se
decomporem aumentam a poluição.
Os
principais rios brasileiros poluídos são:
- O Rio
Tietê que atravessa várias cidades do Estado de São Paulo, na cidade de São
Paulo ele é um esgoto a céu aberto;
- O Rio
Pardo e Mogi, que recebem poluentes industriais das usinas;
- O Rio São
Francisco, poluído, por receber metais pesados vindo de fábricas próximas e
recebem agrotóxicos.
9. POLUIÇÃO
DO LITORAL
Antigamente,
acreditava-se que as substâncias residuais despejadas no mar se diluíam e
desapareciam para sempre. Mas, essas substâncias continuam em movimento. As
correntes deslocam os desperdícios de um lado para o outro, concentrando-os
aqui e diluindo-os ali. As correntes ascendentes, nas áreas onde a água fria
das profundezas sobe a superfície, podem trazer à luz resíduos perigosos,
enterrados em locais que se pensava serem seguros.
Hoje em dia,
muitas cidades despejam seus esgotos diretamente nos mares, sem tratamento
prévio. Isso nos mostra, que na época do verão as praias constituem um risco
para os banhistas, pois muitos organismos patogênicos, podem ser encontrados
nas águas, proveniente de contaminações fecais. Nessa época se observa em
cidades "a beira-mar, o aumento de casos de diarréias, de hepatite
infecciosas, de micoses e até de poliomielite.
Um bom
indicador do grau de poluição das águas pelos esgotos, consiste na dosagem da
quantidade de bactérias como a E. Coli. Essa bactéria não é patogênica por si
mesma, ela vive normalmente no intestino dos humanos sem causar sérios
problemas. Porém, sua presença em grande concentração nas águas, mostra
contaminações por fezes e indica a presença provável de outros microrganismos,
esses patogênicos. Um grande passo para a resolução parcial desse problema, foi
a construção de um "interceptor oceânico submarino", cujo papel é
levar esgotos a grande distância mar adentro. Vale a pena lembrar, que as águas
dos mares possui uma capacidade autodepuradora, ou seja, as bactérias humanas
acabam sendo destruídas, provavelmente por meio de vírus bacteriófagos,
protozoários e substâncias antibióticas produzidas por organismos marinhos.
Um dos
problemas mais sérios de poluição marinha, se refere àquele causado por derramamento
de petróleo. Esse líquido, além de poluir as águas e a areia, impossibilita a
utilização das praias. Possui efeitos terríveis sobre o meio ambiente marinho.
Esses derramamentos ocorrem devido acidentes com navios petroleiros ou com a
lavagem de seus motores e reservatórios diretamente na água.
O petróleo é
menos denso do que a água, por isso flutua sobre ela. Essa camada impede a
penetração de oxigênio do ar e da luz do sol. Sem oxigênio os peixes não podem
viver e sem a luz as plantas não podem fazer a fotossíntese.
No mar as
algas flutuantes são as maiores fornecedoras de alimentos para os primeiros
elos da cadeia alimentar. Ao derramar o petróleo na água, ele reduz a entrada
de luz na água, o que faz diminuir a taxa de fotossíntese das algas e em
conseqüência a oxigenação na água.
Nos peixes,
o petróleo adere as guelras (brânquias) dos peixes, impedindo-os de respirar,
matando-os por asfixia. Ele também, gruda nas penas da aves aquáticas impedindo
que as mesmas voem.
Os mangues
também são afetados pelo petróleo, matando os filhotes de várias espécies,
assim o mangue vai sendo destruído.
No mundo os
desastres ecológicos pelo derramamento de petróleo acontecem freqüentemente, um
dos mais graves acidentes com petroleiros ocorreu no Alasca em março de 1988,
com o petroleiro americano Exxon Valdez. Esse chocou-se contra os recifes
derramando 40 milhões de litros de óleo no oceano. Vários animais morreram aos
milhares e os que sobreviveram ficaram intoxicados propagando os efeitos do
acidente. Cientistas calculam, que pelo menos duas décadas serão necessárias
para a recuperação do Alasca e muito difícil será restabelecida as condições
ambientais anteriores. Em 1983, no Oriente Médio, durante a guerra do Irã com o
Iraque, bombardeios a campos petrolíferos da plataforma continental provocaram
o derrame no Golfo Pérsico de milhares de barris de óleo por dia. Em
conseqüência, alguns países da região foram privados de seu abastecimento de
água potável, obtida por dessalinização da água do mar.
No Brasil,
ocorreram vários desastres com petroleiros, em janeiro de 2000, 1,29 milhões de
litros de óleo vazaram de um dos navios cargueiros na Baía de Guanabara, no Rio
de Janeiro. Seis meses depois, um novo acidente provocou o vazamento de 380
litros na mesma região. Em julho de 2000, 4 milhões de óleo vazaram da
Refinaria Getúlio Vargas, em Araucária, no Paraná, para o rio Iguaçu. No Ceará,
houve um derramamento de aproximadamente 100 litros em duas plataformas de
Paracuru. Em novembro de 2000, 86 mil litros de óleo foram derramados pelo
canal de São Sebastião. Mais recentemente em março de 2001, ocorreu o pior
acidente dos últimos anos, cerca de 1,5 milhões de litros de petróleo e diesel
foram derramados devido uma explosão na plataforma, na Bacia de Campos no rio
de Janeiro.
Para
solucionar esse problema da poluição das águas, tem que ser tomadas algumas
medidas, tais com:
- A
existência de Leis mais rigorosas que obriguem as indústrias a tratarem seus
resíduos antes de lançá-los nos rios e oceanos;
- Penalizações
para as indústrias que não tiveram de acordo com as Leis. No caso de
reincidência o seu fechamento é inevitável;
-
Investimentos nas áreas de fiscalização dessas indústrias;
- Ampliação
da rede de esgotos;
- Saneamento
básico para todos;
- Investimentos
nas construções de navios mais seguros para o transporte de combustíveis;
-
Melhoramentos no sistema de coleta de lixos;
-
Implantação de novas estações de tratamentos de esgotos;
- Campanhas
publicitárias, buscando a explicação de técnicas de saneamento para a população
carente;
- Campanhas
de conscientização da população para os riscos de poluição;
- Criação de
produtos químicos mais seguros para a agricultura;
- Cooperação
com as entidades de proteção ambiental.
TRATAMENTO
DE ÁGUA DE ABASTECIMENTO
O tratamento
de água tem por finalidade melhorar a qualidade da água de abastecimento ao
público, tendo os seguintes objetivos:
1. Higiene:
Remoção de bactérias, elementos nocivos (tóxicos), compostos orgânicos,
protozoários, etc.
2. Estética:
Remoção da cor, turbidez, odor e sabor.
3. Economia:
Redução da corrosividade.
A região
metropolitana de São Paulo, possui sete grandes sistemas de tratamento de água,
são elas: Cantareira, Guarapiranga, Alto e Baixo Cotia, Alto do Tietê, Rio Claro
e Rio Grande. O maior deles é o da Cantareira, que é responsável por 33 mil
litros de água por segundo. A água que é produzida nos sete sistemas chega aos
consumidores através de 1200 quilômetros de grandes tubulações ou adutoras,
reservatórios e 23 mil quilômetros de redes de distribuição.
A Estação de
Tratamento de Água (ETA), é instalada quando a água bruta utilizada pela
população, está imprópria para o consumo.
Geralmente
esse sistema é instalado próximo de um manancial, que pode ser um rio ou represa,
muitas vezes necessitando de uma Estação Elevatória para bombear a água até a
entrada da Estação de Tratamento de Abastecimento.
Na entrada
do sistema há um gradeamento que tem por finalidade deter os materiais
flutuantes de maiores dimensões, evitando assim o desgaste e destruição dos
esquipamentos.
A Estação de
Tratamento é composta das seguintes fases:
1)
Coagulação e Floculação
Essa etapa
tem o objetivo de transformar as impurezas que se concentram em suspensão
(partículas finas, bactérias, etc), materiais colidais (cor, ferro, manganês
oxidado, etc) e alguns materiais dissolvidos em partículas gelatinosas
(flocos). No processo de coagulação, é utilizado o coagulante químico sulfato
de alumínio, que, após determinação em laboratório da dosagem ótima, é
adicionada à água bruta em zona de grande turbulência. Após essa mistura, a
água escoa para o floculador (zona de mistura lenta) para uma boa constituição
e agregação das impurezas.
A água
floculada passa, através de canais, para a fase seguinte que é a decantação.
2)
Decantação
A água
floculada escoa por gravidade para o decantador onde ocorre a separação das
fases líquidas (água) e sólida (flocos), em virtude da velocidade da água ser
bem moderada nesta etapa.
A qualidade
da água decantada é excelente em relação à água bruta, mas não é suficiente
para distribuí-la à população. Assim é necessário que haja à eliminação das
partículas finas ainda existente na terceira etapa do tratamento, que é a
filtração.
3) Filtração
Nessa etapa,
a água passa nos filtros através de leitos de areia, com granulométrica
variando entre 0,50 a 0,65 mm, sustentada por camadas de seixos (cascalhos,
pedras de diversos tamanhos), sob as quais existe um sistema de drenos.
A água, após
a filtração, encontra-se tratada no ponto de vista físico químico sendo, então,
necessário realizar-se a desinfecção.
4)
Fluoretação
Após a
filtração, é realizado esse processo, que através da adição de ácido
fluossilício, que tem como objetivo prevenir o aparecimento da cárie dentária,
na áreas mais carentes.
5)
Desenfecção por Cloração
A
desinfecção é realizada através da dosagem de cloro gasoso. Para que esse
processo ocorra adequadamente, é preciso que a água apresente um pH ácido, o
que provavelmente é atingido com a adição de sulfato de alumínio, na etapa de
coagulação e adição de ácido fluossilícico após a filtração.
Além disso,
é preciso um tempo de contato na faixa de 2 a 4 horas, para se realizar no
reservatório da Estação de tratamento.
Caso o
comprimento das redes adutoras seja muito longo, é necessário a recloração em
alguns pontos da rede de distribuição.
6)
Alcalinização
Esse
processo tem por finalidade, corrigir o pH da água que será distribuída a
população, através da adição de cal (hidróxido de cálcio), evitando assim que a
água fique ácida, causando sérios danos não só a população, mas também nas
tubulações que a água percorre até chegar nas residências.
Após ter
atingido, finalmente as condições ideais de consumo, essa água é bombeada para
um reservatório superior, de onde será distribuída à população.
O padrão de
potabilidade da água tratada e consumida pela população de São Paulo, segue as
recomendações da Organização Mundial de Saúde, garantindo assim a inexistência
de bactérias e partículas nocivas à saúde humana. Dessa forma, evita-se o
surgimento de grandes surtos de epidemias, como a cólera e o tifo.
CONCLUSÃO
Concluímos
que a água é essencial a vida dos seres, pois sem ela não teríamos vida em
nosso planeta. Nosso planeta e nosso corpo é constituído de 70%, sendo que sua
distribuição no planeta não é por igualdade, pois em muitos lugares há excesso
e em outros escassez.
Devido a
super população do mundo, a terceira guerra pode ser devido a falta de água em
alguns países. O Brasil é o país mais privilegiado do mundo devido a sua
abundância em água, mas devido aos homens isso pode tudo acabar, pois desmatam
as florestas, poluem os rios, lagos, com poluentes tóxicos, químicos, entre
outros, jogam esgotos, lixos, sem um tratamento prévio, assim as pessoas que
tem contato com essa água poluída pode adquirir várias doenças como a
disinteria, cáries dentárias, esquitossomose e outras.
Para se
adquirir uma água potável, essa tem que ser tratada em estações de tratamento
utilizando os seguintes processos: Coagulação e Floculação; Decantação,
Filtração, Fluoretação, Desenfecção por Cloração e Alcalinização.
BIBLIOGRAFIA
Rocha,
Aristides Almeida. Ciências do Ambiente, Saneamento, Saúde Pública.São Paulo,
1995: Departamento de Saúde Ambiental. Faculdade de Saúde Pública. Universidade
de São Paulo, 407 p.
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Samuel Murgel. Hidrobiologia Aplicada Á Engenharia Sanitária.São Paulo, 1986,
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FUNDAÇÃO PADRE ANCHIETA. São Paulo, 1996 à 2000.Disponível em:
<http://www.tvcultura.com.br/>. Acesso em 15 set. 2001.
VIEIRA,
RICARDO, ACESSORIA DE PLANEJAMENTO - ASPLA. Alagoas, 1997.Disponível em:
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http://www.cleber1.hpg.com.br/.
http://www.historiadaagua.hpg.com.br/.
http://www.mundodaagua.cjb.net/.
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